domingo, 11 de setembro de 2011

Dentro de todo garoto, há sempre um poeta #7

Chuvas de abril

Chuva, chuvisco, chuvarada...
Tu que molhas nossa terra assolada pelo sol,
peço que molhes esse chão seco,
mas inunde meu coração de amor...
Amor esse, que irriga meu corpo,
que controla minha alma.
Ó chuva passageira,
és tão intermitente quanto minhas forças
mas tão perene quanto minha esperança.
Tu que matas o rato, o gato e a sede,
venha com o teu mais frio beijo,
tocar meu rosto quente e seco.
Caia tão leve quanto as mãos da mulher que amo,
caia tão breve quanto o tempo.
Quando começar o prantear das nuvens,
quero estar pra ti preparado,
quero ficar molhado,
quero poder flutuar.

Samyr Barbosa
16/04/2010

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